Author Archive for Comissão de Estudos de Assuntos Educacionais

01
maio
11

EQUIPE DEMONÍACA ATERRORIZA TODA CATEGORIA EM BARCARENA

SINTEPP – SUBSEDE BARCARENA

(91) 37531072 / 82759929
sindbarc@yahoo.com.br

Foi todo mundo unido e sem temer a ninguém que derrotamos a “Lei do Cão”. Agora mais do que nunca precisamos derrotar quem fez a maldita Lei, o que só será possível se estivermos juntos, firmes, coesos e condensos como se fossemos um só homem e uma só mulher para vencer a última batalha que é a implementação, na íntegra, do PCCR. PERDER AGORA ESSA BATALHA É PERDER O PCCR, É PERDER A GUERRA POR UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE E UM SALÁRIO DIGNO, PORTANTO, NÃO TRAQUEJEMOS. O prefeito João Carlos sabe que nossa greve é justa, pois estamos lutando para ser implementada a Lei que ele mesmo assinou, e como não tem saída a não ser cumprir, monta uma equipe do primeiro escalão para desmoralizar a nossa categoria. Nessa equipe tem o secretário de finanças para dizer que o Plano não é possível financeiramente, mas ele participou na elaboração; tem o procurador (Sr. Gladston) que ousa usar a justiça para impedir o cumprimento da Lei; tem a secretária de educação que pressiona as direções para coagir a categoria; tem as direções na ponta do escalão que cumprem o papel sujo vindo da secretaria; e para dar consistência a essa equipe de “anjos” tem o radialista serviçal, o Sr. Rafael Santos, que exalta o prefeito e ridiculariza a categoria da educação, mas nada disso vai fazer a gente temer. Daí a necessidade de estarmos juntos, e neste momento, precisamos nos desprender de qualquer sentimento de culpa. Se a educação vai mal e nossos alunos estão sem aula não é culpa nossa, mas sim do prefeito que tem dado as costas à educação de Barcarena. Nós, que estamos imbuídos desse sentimento maternal que procura dar o melhor para aqueles que nos rodeiam, somos os mais interessados na melhoria da educação. É esse sentimento que nos impede de retornar à escola enquanto a Lei que melhora a educação não for cumprida. Precisamos também, neste momento convencer cada pessoa em nossa volta a estar lado a lado nessa luta tão grandiosa e tão dignificante que é a educação de um povo, só assim poderemos derrotar aqueles que fizeram a “Lei do Cão”. Está mais que provado que essa administração não tem interesse em resolver os problemas da educação, pois já tentamos por várias vezes sentar com o prefeito e não fomos atendidos, diante disso, tivemos que solicitar a Promotora Ana Maria para intermediar a reunião com a administração deste município.

Políticos ganham muito bem. Portanto, a população de Barcarena quer saber quanto ganha o prefeito, o vice-prefeito, os secretários do 1ª escalão, etc..“Justiça para ser boa deve começar de casa”. O prefeito deveria começar mostrando o salário dele e de sua equipe. Esses sim ganham muito bem e estão todos juntos para impedir o cumprimento do PCCR e assim sobrar mais dinheiro para seus bolsos.

31
out
10

Olá, mundo!

ATUALIZAREMOS EM BREVE. AGUARDE….

31
out
10

Assédio Moral, acidente invisível.

É cada vez maior o número de trabalhadores que procuram os sindicatos para relatar situações que hoje são caracterizadas como Assédio Moral. O Assédio Moral sempre aconteceu e passou a ser estudado já há algum tempo, mas só agora começa a ser entendido pelo trabalhador como violência moral no trabalho. A expressão é usada para denominar a exposição de trabalhadores e trabalhadoras a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função. Com a divulgação do Assédio Moral como uma agressão, mais e mais trabalhadores e trabalhadoras adquirem consciência de que, quando submetidos a situações humilhantes e constrangedoras podem adoecer. O importante é compreender que esse processo de adoecimento é causado por problemas no local de trabalho. É como se o trabalhador ou trabalhadora sofresse um trágico acidente: um acidente invisível, como uma doença ocupacional. Outro aspecto relevante é entender que, nesses casos, o trabalhador é sempre vítima, e não o responsável pelo quadro.

Esperamos poder contribuir para que o Assédio Moral seja identificado no trabalho e que suasvítimas denunciem a agressão. Esperamos também que os agressores entendam que precisam mudar de conduta.

31
out
10

As rachaduras no orçamento da educação

 

Um quarto da verba enviada pelo governo federal aos municípios não chega às escolas. Um levantamento feito por ÉPOCA revela os vazamentos por onde o dinheiro some

 

CADÊ A REFORMA?


O teto está por ruir em algumas escolas de Olho d’Água das Cunhãs, cidade de 18 mil habitantes no interior do Maranhão. Tantas rachaduras cortam o piso e as paredes que, no início do ano, os pais de uma unidade se recusaram a enviar seus filhos à aula. “Temos medo de que o teto caia”, diz uma mãe, que não quer se identificar. Por uma semana, a professora deu aulas em casa, mas a “greve” não surtiu efeito e os alunos voltaram à escola. A faxineira, que também não quer se identificar, lamenta a dificuldade em limpar o piso. “Jogo água com sabão e escorre tudo pelas rachaduras.” Apesar da aparência ruinosa, de acordo com a prestação de contas da prefeitura, no entanto, duas dessas escolas passaram por reformas há menos de três anos. Juntas, teriam recebido R$ 60 mil em repasses do governo federal. O valor seria suficiente para resolver os problemas de estrutura física, já que são escolas pequenas, na zona rural, com uma ou duas salas cada uma.

O dinheiro saiu da conta da prefeitura. Notas fiscais de compra de material e de pagamento de empreiteiras foram anexadas a relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), o órgão ligado à Presidência da República responsável pela fiscalização da aplicação das verbas federais. A CGU trabalha por amostragem, e uma de suas equipes esteve em Olho d’Água das Cunhãs no início de 2009. Lá, fez um pente-fino em R$ 5,6 milhões enviados pelo governo federal ao município. Essa verba é parte do que deveria ter sido investido na educação municipal de 2007 a 2009. Os auditores encontraram indícios de corrupção e irregularidades na aplicação de R$ 1,3 milhão, o equivalente a 25% das verbas para Olho d’Água das Cunhãs fiscalizadas.

A precariedade das contas do município maranhense – e das paredes de suas escolas – reflete um fenômeno nacional. No mesmo período em que os auditores vasculhavam Olho d’Água das Cunhãs, outras 58 prefeituras recebiam a visita da CGU. ÉPOCA mapeou todas as irregularidades encontradas na aplicação do dinheiro enviado a esses municípios para investimentos em educação. O total de gastos irregulares ou com indícios de corrupção soma R$ 48,5 milhões. Comparada ao total fiscalizado, a proporção é a mesma da cidade maranhense: de cada R$ 4 enviados pelo governo federal, R$ 1 não chegou às escolas – ou foi gasto de forma irregular que não permite a verificação de sua aplicação.

O desvio do dinheiro da educação tem consequências funestas. O economista Claudio Ferraz, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, fez uma conta dos prejuízos para os alunos. Com Frederico Finan, da Universidade Berkeley, nos Estados Unidos, e Diana Moreira, do Banco Mundial, cruzou os relatórios feitos pela CGU em 365 municípios. Descobriram que, nas cidades onde há corrupção na educação, a nota dos alunos cai até 12 pontos na Prova Brasil, que mede, numa escala de 0 a 500, o desempenho em português e matemática dos alunos do 5o e 9o ano das escolas públicas. O abandono escolar e a repetência também são mais altos onde se constatou o problema.

O levantamento de ÉPOCA revela a origem dos vazamentos por onde escoam os investimentos que deveriam ter sido aplicados na melhoria do ensino. Diferentemente das rachaduras que rasgam o piso das escolas maranhenses, essas fissuras são difíceis de enxergar. São esquemas de superfaturamento, manobras para fraudar licitações, gastos executados sem prestação de contas e desvio do dinheiro da educação para outras finalidades. Essas fissuras drenam livros, salários dos professores, carteiras, merenda e ônibus escolar – entre muitos outros itens.

O levantamento foi enviado a especialistas em gestão pública e financiamento da educação. “A maior evidência que se tira desse levantamento é a falta de controle da verba da educação”, afirma Marcos Fernandes, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Somado ao problema de gestão, temos um cenário de fragilidades que beneficiam a corrupção.” A seguir, as principais fontes de vazamento do dinheiro da educação e algumas propostas para contê-las 

 

AS RACHADURAS NO ORÇAMENTO DA EDUCAÇÃO

Um quarto da verba enviada pelo governo federal aos municípios não chega às escolas. Um levantamento feito por ÉPOCA revela os vazamentos por onde o dinheiro some

 

Vazamento 1

Fraude em licitação

Essa é a prática que mais drenou dinheiro da educação. Esse problema foi constatado em 66% das cidades fiscalizadas. O total desviado foi de R$ 26,7 milhões. Para fraudar licitação, as prefeituras simulavam concorrência entre empresas – os preços eram combinados ou havia firmas fantasmas. Outro subterfúgio é simplesmente evitar a licitação. Em algumas prefeituras, há a praxe de fracionar as compras. Isso faz o valor total ficar abaixo do mínimo exigido para licitação. “É difícil pegar esses esquemas, tem de dominar os preços, as regras e os cálculos”, afirma José Marcelino Rezende Pinto, da Universidade de São Paulo (USP), especialista em financiamento da educação.

Esse tipo de fraude é corriqueiro nas verbas para a merenda escolar. Em Santa Luzia do Pará, a 190 quilômetros de Belém, a CGU constatou que todas as empresas que concorreram pelo fornecimento de merenda em 2008 eram da capital. Em Belém, nos endereços dessas empresas, os fiscais encontraram residências e comércios fechados. A consequência desse tipo de fraude é imediata: falta alimentação nas escolas. Em Santa Luzia, a CGU encontrou uma escola sem merenda havia 23 dias.

Para Fernandes, da FGV, é necessário tomar medidas para garantir a realização das licitações e a concorrência entre as empresas. Ele sugere que as prefeituras sejam obrigadas a anunciar todas as suas compras na internet e a fazer as licitações on-line. “No pregão eletrônico, todos os empresários poderiam acompanhar e fazer propostas. Fica mais difícil direcionar o contrato.”


 

Vazamento 2

Falta de prestação de contas

“Os documentos sumiram.” Essa foi uma das desculpas mais frequentes apresentadas pelas prefeituras aos fiscais da CGU. Dos 59 municípios fiscalizados, 40 recorreram a esse expediente. Depois de questionadas, algumas prefeituras “encontraram” notas. Em Limoeiro de Anadia, Alagoas, os fiscais verificaram gastos de R$ 4 milhões sem comprovação. Depois da auditoria, a prefeitura entregou notas para justificar R$ 1 milhão. As notas apresentadas não eliminaram a inconsistência na prestação de contas. Algumas notas somavam R$ 109 mil para justificar um gasto de R$ 99 mil. “A prestação de contas a posteriori é comum”, diz Luiz Navarro, secretário executivo da CGU. “Em alguns casos, concluímos que o documento foi juntado depois, com notas calçadas (notas de valor falso e superfaturado).” Nos municípios fiscalizados, a CGU verificou gastos de R$ 14,2 milhões sem comprovantes.

A prática poderia ser evitada se houvesse fiscalização durante a execução do orçamento. Nos municípios, essa é uma atribuição dos conselhos formados por representantes dos professores, diretores, funcionários, alunos, pais e prefeitura. Mas poucos têm independência para fazer denúncias. “Há conflito de interesses. A prefeitura deve prover a estrutura para o conselho, que fiscaliza a prefeitura”, diz Rezende Pinto, da USP. Para ele, a solução é dar estrutura própria aos conselhos. “As reuniões e as viagens às escolas rurais não podem depender da boa vontade da prefeitura”, afirma. Também seria necessário garantir uma composição isenta. Em Arco Verde, Pernambuco, a CGU constatou que a secretária de Educação Municipal fazia parte do conselho, o que é proibido. Hoje, 40% dos conselhos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação (Fundeb) estão em situação irregular.

“É irreal deixar com os conselhos locais a responsabilidade de fiscalizar a aplicação das verbas federais”, afirma César Calegari, presidente do Conselho Nacional do Fundeb. “Eles recebem uma montanha de notas fiscais que ninguém consegue decifrar. Muitos homologam tudo só para não atrasar.” Calegari diz que os conselhos deveriam ter uma assessoria técnica e seus integrantes deveriam passar por treinamentos para exercer essa função.


 

Vazamento 3

Serviço pago, mas não executado

Em 29% dos municípios fiscalizados, a CGU encontrou gastos de R$ 3,2 milhões que foram feitos em serviços não prestados. É o caso das escolas não reformadas de Olho d’Água das Cunhãs. Esse tipo de fraude ocorre com mais frequência na aplicação do dinheiro do Fundeb enviado aos municípios, porque o fundo dá liberdade para as prefeituras manejarem as verbas. Elas podem ser u-sadas tanto para o pagamento de salários como para a construção de escolas, entre outras. “Quanto mais liberdade, maior a possibilidade de desvio”, diz Ferraz, da PUC. Para Fernandes, da FGV, o governo federal deveria cortar as verbas das cidades que comprovadamente cometeram desvios. “É duro punir os alunos, mas só assim a população vai enxergar o problema”, afirma. Para que os alunos não sejam prejudicados por muito tempo, Fernandes defende uma intervenção federal. “O governo deve cortar a verba e enviar uma comissão no dia seguinte para acelerar a investigação.”


 Vazamento 4

CADÊ A MESA?
Alunos em carteiras sem mesa em escola de Santo Amaro, na Bahia, um dos municípios fiscalizados pela CGU

 

Desvio das verbas para outras áreas

Um terço dos municípios fiscalizados gastou recursos da educação em outras áreas. Nesses municípios, R$ 3,1 milhões deixaram de ser aplicados em educação. As regras que fixam quanto cada município deve investir em educação são extensas. O objetivo é evitar que os prefeitos usem o dinheiro em outras áreas ou para custear a burocracia municipal. Mas os Tribunais de Contas estaduais e os Ministérios Públicos estaduais têm mostrado inépcia na exigência do cumprimento das regras, segundo o educador Nicholas Davies, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Desde 1997, Davies vasculha as contas dos municípios sobre educação aprovadas por Tribunais de Contas estaduais. Ele se especializou em identificar os mecanismos usados pelas prefeituras para desviar dinheiro da educação para outras áreas. De lá para cá, diz ter feito várias denúncias a Tribunais de Contas e ao Ministério Público (MP), mas nenhuma foi investigada. “Fui chamado algumas vezes ao MP, mas os promotores disseram que não têm assessoria contábil para esse tipo de investigação”, afirma Davies.

 

Vazamento 5

Superfaturamento

Essa irregularidade é mais comum no programa em que o governo federal transfere recursos para os municípios para transporte escolar. Dos R$ 5,2 milhões repassados para transporte nos 59 municípios fiscalizados pela CGU, mais da metade – R$ 2,7 milhões – foi gasta irregularmente. Um quarto dessas irregularidades envolvia superfaturamento de preços. No município de Cocos, Bahia, a CGU constatou que a prefeitura comprava gasolina por um preço 40% acima do valor de mercado. Em alguns municípios, a fraude não é tão explícita. Os fiscais encontraram casos em que as prefeituras, para justificar gastos superfaturados, declaravam uma quilometragem rodada pelos ônibus escolares muito maior do que a distância entre a escola e a casa dos alunos. “Essa fiscalização é mais complicada porque uma coisa é controlar a compra de um bem, uma obra. Outra é controlar um gasto que varia de acordo com a distância, tipo de veículo, preço da gasolina e número de alunos”, diz Navarro, da CGU.

O programa do transporte escolar também apresenta graves problemas na qualidade do serviço. Em 12 dos 59 municípios visitados pela CGU, foram encontrados caminhões pau de arara. Eles levavam os alunos na caçamba, sem proteção. Os pais aceitam enviar os filhos em um pau de arara porque não sabem que há dinheiro para custear um ônibus – e que esse é um direito dos alunos da zona rural que estudam no município.

Segundo o economista Claudio Ferraz, a solução do problema envolve o cumprimento pelas prefeituras da obrigação de divulgar os recursos federais que recebem. Em tese, elas deveriam comunicar os valores aos representantes locais dos partidos políticos. Na prática, isso raramente acontece. A partir deste mês, as prefeituras de municípios com até 100 mil habitantes serão obrigadas a colocar todas as suas prestações de contas na internet. “Se elas forem detalhadas o suficiente, será um grande avanço”, afirma Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas. “A transparência gera controle social e melhoria dos gastos.”


 

Vazamento 6

Alunos sem livros didáticos

A compra de livros didáticos é centralizada pelo Ministério da Educação. Em 2009, 60 milhões de livros foram comprados diretamente das editoras pelo ministério, num investimento de R$ 302 milhões. Essa centralização contribui para reduzir o preço, mas dificulta a distribuição. Segundo os relatórios da CGU, o ministério não está dando conta da tarefa. Nos municípios fiscalizados, os audito-res encontraram muitos alunos sem livro didático no meio do ano. Em Olho d’Água das Cunhãs, de 30 alunos entrevistados, dez não tinham livros, dez tinham livros errados e seis tinham apenas parte dos livros. Em Arco Verde, Pernambuco, 40% dos alunos entrevistados estavam sem livros. Nesses mesmos municípios, havia estoques de livros sem uso. Em Olho d’Água das Cunhãs, a CGU encontrou 1.147 livros no estoque.

“Cansei de ver 100, 200 livros estocados nas bibliotecas das escolas. Me dá um aperto, porque sei que há 200 alunos sem livro em outra cidade”, afirma Sonia Schwartz, coordenadora do Programa Nacional do Livro Didático. As prefeituras dizem que os livros distribuídos pelo ministério chegam errados ou a mais. A coordenação do programa diz que envia os títulos escolhidos pelos professores de acordo com as matrículas do censo escolar. Para gerenciar essas falhas, foi criado um sistema informatizado, o Siscort. As escolas devem cadastrar as sobras de livros no sistema, para que outras solicitem a transferência do material. Em 2009, porém, apenas 28% das escolas tinham registrado os dados necessários no Siscort.

O que facilita a corrupção com o dinheiro da educação? Uma das razões é a falta de controle do orçamento público de educação no maior dos municípios. A lei exige que os secretários municipais de Educação controlem os gastos. Mas, não raro, a regra é ignorada. Em Olho d’Água das Cunhãs, a conta da educação era movimentada diretamente pelo prefeito, José Alberto Azevedo (PP), conhecido como Véio do Limão. “Nunca assinei um cheque”, diz Mário Sérgio Silvalino, secretário de Educação do município no período da fiscalização da CGU. Azevedo não atendeu aos pedidos de entrevista de ÉPOCA.

Outra razão é a rede de favorecimentos pessoais que se forma em torno da gestão pública nos municípios. “A corrupção ocorre porque há um jogo de cooperação entre as pessoas que se beneficiam dela”, afirma o economista André Carraro, da Universidade Federal de Pelotas. A composição política de Olho d’Água é exemplar desse fenômeno. A mulher do prefeito Véio do Limão, Antônia Lima Azevedo, é a secretária de Finanças. Duas irmãs da primeira-dama são a secretária de Saúde e de Educação. As histórias sobre o “modelo de gestão” do município pela família são folclóricas. Em janeiro, o prefeito e a mulher interromperam a aula inaugural de um programa federal de ensino profissionalizante. “Ele tomou o microfone e disse: ‘Quem manda aqui sou eu, ninguém vai dar aula sem minha indi-cação’”, diz um professor que estava no local e não quer se identificar.

Outra razão é o descontrole na fiscalização da aplicação das verbas. Na esfera federal, o órgão responsável pelos repasses para os municípios é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A cada três meses, as prefeituras enviam prestação de contas para o FNDE, que não tem equipe para verificar todos os documentos. “Se tentássemos controlar tudo, em todas as cidades, gastaríamos mais com isso do que com a educação”, afirma Gil Loja Pinto, auditor-chefe do FNDE.

Até os anos 80, o Ministério da Educação tinha representações nos Estados com a atribuição de fiscalizar os municípios. Elas foram extintas no governo Collor. Na década de 90, o ensino fundamental, que antes pertencia às redes estaduais, foi municipalizado, aumentando o orçamento da educação sob responsabilidade das prefeituras. “Saímos de um modelo centralizado para um totalmente descentralizado”, afirma Navarro, da CGU. “Ninguém quer reaparelhar o Estado, mas não dá para os municípios ficarem sem fiscalização.”

A fiscalização hoje existente é apenas parcial. Dos relatórios da auditoria da CGU enviados ao FNDE, só parte será analisada. Essa parte exclui o Fundeb, que reúne a maior parte dos recursos transferidos para os municípios. A justificativa é que os repasses do Fundeb são obrigatórios e não podem ser cortados. Só em 2009 o governo federal colocou R$ 5 bilhões no Fundeb.

A fiscalização dos programas de alimentação e transporte é feita por amostragem. O FNDE faz auditorias em algumas contas e, como punição, pode pedir o dinheiro de volta ao prefeito ou cortar o envio de recursos. Esse mecanismo, porém, é pouco usado, pois prejudica os alunos. De 2001 a 2009, a educação foi a área em que houve mais pedidos de devolução do dinheiro pelos municípios. Mas os prefeitos recorrem, e as ações se arrastam.

O descontrole na fiscalização das verbas estaduais e municipais ainda é maior, segundo os especialistas. “Os Tribunais de Contas não são confiáveis”, afirma Davies, da Universidade Federal Fluminense. “Os conselheiros são nomeados por prefeitos e governadores, os mesmos que enviam as contas a serem verificadas.” Segundo o economista André Carraro, a estrutura da gestão pública no país hoje incentiva a corrupção. Além da fragilidade do controle, a legislação, extensa e burocrática, limita o número de pessoas com capacidade de fiscalizar. “É preciso fazer uma revisão detalhada da gestão e do controle das verbas de educação no país. Não tem mágica. Precisa avaliar os erros e os acertos, etapa por etapa”, afirma Carraro. Para vedar os vazamentos por onde some o dinheiro das escolas, o país vai ter de refazer os caminhos do financiamento da educação.

OS FLAGRANTES DOS FISCAIS

1. Merenda em escola de Morrinhos (CE)
2. Banheiro de escola em Presidente Vargas (MA)
3. Caminhão para transporte escolar em Lagoa do Piauí (PI)
4. Teto de escola em Itapicuru (BA)
5. Assento do motorista de ônibus escolar em Arco Verde (PE)
6. Escola em São Bento (MA)
7. Estoque de livros em Limoeiro de Anadia (AL)
8. Escola em Presidente Vargas (MA) 
9.  Estoque de merenda em Volta Grande (MG)
10. Poça d’água na saída de escola em Ilha das Flores (SE)
11. Cozinha de escola em Campinas do Piauí (PI)
12. Transporte escolar em Cocos (BA)
13. Botijão de gás em transporte escolar em Itaú (RN)
14. Transporte de alunos em Pires Ferreira (CE)
15. Obra de escola não concluída, em Coronel Sapucaia (MS)
16. Livros em Borba (AM)
17. Gás de cozinha no transporte escolar em Campinas do Piauí (PI)
18. Cozinha de escola em Itaipé (MG)
19. Alunos em caçamba em Itaú (RN)
20. Transporte escolar em Presidente Tancredo Neves (BA)
21. Morcegos na sala da merenda em Presidente Vargas (MA)

 

27
jun
10

TRABALHADORE EM EDUCAÇÃO DE MARABÁ ACUMULAM PERDAS SALARIAIS.


19
jun
10

TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE MARABÁ PROMETEM LAVAR A SUJEIRA DA SEMED

Diante do provável desperdício de dinheiro público e indícios de irregularidades na aplicação dos recursos da educação no município e
como ato de repúdio as perseguições e assédio moral praticado pela turma da
SEMED o SINTEPP SUBSEDE DE MARABÁ organiza um abaixo assinado pedindo abertura de uma CPI na
educação e a exoneração imediata do secretário de educação e seu adjunto (Ney e
Carlos) e ainda prometem  lavar a  SEMED (Secretaria Municipal de Educação e
Desporto) nesta segunda-feira (21/06/2010) para tentar tirar  a sujeira de lá.

 

Segundo os líderes do movimento, os trabalhadores são
vítimas de assédio moral e abuso de autoridades de diretores de escola, sob
ordens expressas da secretaria de educação, intimidam os grevistas. Os
servidores municipais de Marabá vivem dias de terror e apreensão sob ameaças e
coação teve uma diretora que chegou a pegar no braço de uma professora e mandou
a professora ir para sala dar aula e outra diretora que enfrentou o comando de
greve com uma faca, que segundo a direção do SINTEPP a faca seria para cortar a
faixa de aviso sobre a greve. Os trabalhadores concursados (dentre eles
diretores de escolas) estão sendo coagidos e assediados moralmente por pessoas
ligadas ao prefeito enquanto servidores contratados estão sendo ameaçados de não
renovação do contrato e substituição imediata.

 

Isto demonstra uma tentativa desesperada para conter o movimento que cresce
assustadoramente a cada dia.A SEMED (Secretaria Municipal de Educação e
Desporto) promete substituir grevistas esquecendo-se que servidor em greve não
pode ser substituído, salvo casos previstos em lei. E fica uma pergunta que não
quer calar; pode contratar gente sem autorização da câmara municipal?

 

18
jun
10

UMA ARROGÂNCIA COMO NUNCA SE VIU ANTES EM MARABÁ.

Em greve desde o dia 2 de junho, servidores municipais conseguem adesão
maciça. São 87 % das escolas (e núcleos de educação infantil) da zona
urbana totalmente paralisadas e as outras funcionam precariamente por
falta de servidores e de alunos. No entanto o prefeito foi para
imprensa debochar do servidor em greve e dizer que a greve se trata
apenas de um grupinho do SINTEPP que faz oposição política a ele.
Repudiamos a atitude do prefeito que deixa cair de vez sua mascara.
Enquanto
a greve caminha para 100% de adesão o prefeito, Maurino Magalhães,
finge que está tudo bem e numa arrogância como nunca se viu antes se
recusa a negociar com os servidores em greve e penaliza o povo de
Marabá que continuará extremamente prejudicado com a greve dos
servidores municipais

.

23
maio
10

ENSINO MÉDIO DE MARABÁ EM GREVE

Os Trabalhadores em Educação da Rede Estadual decretaram greve geral
desde o dia 7 de maio. Em Marabá os trabalhadores em educação aderiram
a greve no dia 10 de maio. Nos dias 11 e 12 fizeram reuniões nas
escolas com a comunidade para esclarecer os motivos da greve e se
comprometeram em fazer reposição das aulas caso não haja desconto dos
dias parados. Apartir de 13 de maio todas as atividades das escolas
foram suspensas e no dia 14 houve uma assembléia da cateoria para
construir a agenda da greve. Dia 24 terá uma nova assembléia na escola
JUDITH GOMES LEITÃO para avaliar a greve e deliberar sobre as próximas
ações.
13
mar
10

Justiça seja feita!

Justiça Federal intima Tião Miranda

Em 2005 em uma assembléia geral do SINTEPP realizada no auditório da UFPA foi encaminhado que se formaria uma comissão para realizar estudos sobre a aplicabilidade dos recursos da educação com o intuito de reivindicar melhores salários. Neste dia deu-se inicio a nossa história, iniciamos com o apoio do SINTEPP (sub-sede de marabá), mas pouco tempo depois por divergências de encaminhamentos nos vimos sozinhos com uma série de documentos e informações que indicavam várias irregularidades na aplicação do FUNDEF de Marabá, momento em que procuramos apoio de pessoas que nos ajudaram a conduzir o processo e encaminhá-lo a justiça,dentre  estas pessoas que nos ajudaram estavam o ex vereador Sebastião Ferreira Neto ( O Ferrerinha) os ex senadores da república Ana Júlia Carepa (A Governadora ) e Mário Cardoso. Dessas ações de 2005 além dos processos contra a secretária de educação e o prefeito resultou uma sobra de recursos com a qual foi possível o pagamento aos professores de um abono salarial de R$ 500,00 além disso depois dessas denúncias Marabá foi incluído na demanda especial de fiscalização da CGU , o que resultou mais tarde em um relatório .
Segundo o blogueiro Hiroshi Bogéa, o juiz federal de Marabá, Carlos Henrique Borlido Haddad, mandou notificar o ex-prefeito Sebastião Miranda Filho e sua ex-secretária de Educação, Kátia Américo Garcia, para apresentarem defesa prévia na Ação Civil Pública por Atos de Improbidade Administrativa que lhes move o Ministério Público Federal (MPF). O crédito do furo jornalístico é de Ademir Braz ,no seu blog o Quaradouro ,onde este detalha o fato a seguir ,palavras de Ademir:"_A ação é conseqüência de Procedimento Administrativo Civil iniciado com a denúncia feita pelo professor municipal Cícero Lucas de Aquino, ao reclamar do não recebimento de valores devidos, a título de abono, por conta dos recursos remanescentes do Fundef em 2005. À época, Kátia Américo informou ao MPF que o montante de R$ 604 mil, pago a título de abono, fora resíduo da diferença de receita no valor de R$ 1,093 milhão.
As irregularidades na aplicação do Fundef foram detectadas pelo Relatório de Demandas Especiais da Controladoria Geral da União e estão pontuadas ao longo das mais de 500 páginas da ação civil pública. Entre tantas, consta o pagamento irregular de R$ 6.537,89 a oito professores do programa educacional de adultos. Constatou-se que “os professores José Nelson Peniche e Ernesto Rodrigues, vinculados ao fundo”, foram irregularmente cedidos pela Semed à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e ao Incra, ou seja, saíram do efetivo exercício do magistério de ensino fundamental público mas continuaram na conta daquele recurso. Na mesma condição foi cedido à Casa da Cultura o professor Luiz Coimbra Nunes. É de se ressaltar que a responsabilidade total desse descalabro é do ex-prefeito e da ex-secretária que “à época violaram diversos princípios constitucionais administrativos, em especial os da legalidade-finalidade, publicidade e moralidade”, segundo o MPF. Há também problemas com licitações sem publicidade para a construção de escolas.
Na relação de pedidos à Justiça Federal, o MPF propõe que se reconheça e declare a prática de "atos de improbidade administrativa”, requer a condenação dos réus à indenização de danos morais difusos, e a notificação ao Tribunal Superior Eleitoral para que seja registrado em todos os tribunais regionais eleitorais que registrem a devida suspensão dos direitos políticos de Sebastião Miranda e Kátia Américo, pelo prazo definido em sentença."

26
fev
10

Pressão para todos os lados contra prefeitos avacalhados.

Truculência
em São Domingos

Pressão para todos os lados contra
prefeitos avacalhados.
Em São Domingos do Araguaia, não apenas os
concursados demitidos, mas a comunidade em peso pede a cassação do mandato de
Jaime Modesto.

Em São Geraldo, o bicho vai pegar também.

O
prefeito de São Domingos, Modesto – decididamente, nada modesto quando a
questão é usar o facão -, no limite do seu desequilíbrio, partiu pro
tudo ou nada.

Já há denúncias contra ele de ameaças de morte a
servidores e a sindicalistas.

Funcionários integrantes do movimento "Fora
Jaime" estão sendo transferidos irregularmente.

Hoje, um
servidor, segundo consta, a mando do prefeito, dirigiu-se à prefeitura,
acompanhado de um sargento da PM, retirando uma CPU  do setor de licitação,
segundo email enviado ao blog, "provavelmente  para apagar provas de alguma
falcatrua que fizeram".

A retirada estratégica do computador  foi
registrado em B.O.

O sargento, horas mais tarde, depois de escafeder-se
da sede municipal com a CPU debaixo do braço, tentou entregá-la,
convenientemente,  na delegacia de polícia civil.

Nada besta, o escrivão 
negou-se  a dar guarida para o computador, sugerindo ao militar  devolvesse o
equipamento para o setor de onde o haviam recolhido

Neste momento
(21h30), um dos sindicalistas supostamente ameaçado de morte pelo prefeito,
encontra-se no meio dos manifestantes que cercam a prefeitura, com
receio de dirigir-se ao seu lar
diante das ameaças recebidas.

Pelo celular, ele garantiu que ainda hoje enviará email ao blog contando
detalhes das pressões e ameaças recebidas, aguardando apenas o momento propício,
e seguro, para localizar um computador conectado a Internet.